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Protocolo de Segurança pós Covid

  • Foto do escritor: Help Hotéis
    Help Hotéis
  • 10 de jul. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 13 de jul. de 2020


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Durante a pandemia do coronavírus, o setor hoteleiro sofreu duramente vendo a grande maioria das suas unidades esvaziadas durante quase 3 meses. Após esse período os hotéis buscaram orientações de como proceder com a limpeza e com a recepção de novos clientes visando proporcionar segurança com relação à saúde de todos os seus usuários e colaboradores. Muitas redes hoteleiras criaram seus próprios protocolos de segurança e limpeza. Outras instituições também criaram padrões como Anvisa e a ABG.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa lançou em abril de 2020 um protocolo para a quarentena de viajantes em hotéis. Este documento é voltado para situações onde os hóspedes estão com suspeita de COVID-19 e para isso precisam de isolamento dos demais. Nesses casos é recomendado a permanência por 14 dias, isolados em andares reservados, em quartos individuais. O isolamento deve ser acompanhado por equipe médica com reporte diário, ou na impossibilidade, o hotel deve fazer o reporte diário dos sintomas e os sinais da doença por contato telefônico 2 vezes por dia. Todas as refeições devem ser realizadas no quarto e ao final todos os utensílios devem ser desinfectados com álcool 60% após a lavagem.


Ambientes climatizados deverão manter abertas janelas para a renovação de ar. A roupa de cama deve ser trocada por um profissional designado utilizando equipamentos de proteção individual como luvas, óculos, avental e máscara cirúrgica. As roupas devem ser lavadas num ciclo de lavagem com água em temperatura mais quente e o secador na centrifugação mais alta.

Além do protocolo de limpeza já seguido pelos hotéis deve-se dar maior atenção a áreas com maior contato como maçanetas, controle de televisão, corrimão de escadas, botões de elevadores, etc. O profissional responsável pela limpeza deverá fazer uso de EPIs.


Na gestão de resíduos sólidos, os classificados como grupo A, onde há infecção por presença de microorganismos com risco de disseminação da doença, devem ser embalados num saco branco leitoso impermeável e resistente à ruptura e vazamento. Esses resíduos devem ser descartados em locais licenciados pelos órgãos ambientais ou incinerados.


A Associação Brasileira de Governantas e profissionais de hotelaria também lançou em junho um manual com o protocolo de higienização e limpeza das unidades habitacionais hoteleiras.

O manual orienta para que a limpeza do apartamento inicie pela área da cama, que é a mais limpa, e finalize pela área do banheiro, que é a mais suja. Existe ainda uma sequência de limpeza iniciando pela higienização com produtos químicos, passando depois para a limpeza com a remoção de sujeira, e por fim a arrumação que é onde se instala o enxoval. Ao término da limpeza todos os materiais utilizados devem ser higienizados com produto químico ou descartados, antes de seguir para o próximo apartamento.


Somente depois de todo o apartamento estar devidamente limpo e higienizado é que a camareira retirara todos os epis e com as mãos livres e limpas distribui todo o enxoval no apartamento. Portanto, o ideal é que o carrinho da camareira contenha apenas os materiais utilizados para a limpeza e higienização. Os itens higienizados, como enxoval de cama e amenities não devem permanecer junto aos materiais de limpeza para evitar contaminação, e só devem ser instalados no quarto após encerrado o processo de higienização e limpeza do mesmo. Além disso os enxovais sujos não devem ser armazenados nas rouparias dos andares, e devem estar em sacos fechados e dentro do carrinho tampado. Capas Duvet devem ser lavadas a cada check-out. Cobertores é travesseiros extras devem estar em embalagens lacradas dentro do apartamento e ser higienizado sempre que a embalagem estiver aberta.


Para assegurar a desinfecção adequada das unidades habitacionais é de extrema importância que se adote materiais e produtos profissionais para a limpeza. Não é permitido o uso de vassouras e esfregões secos, pois espalham partículas contaminadas no ar. O pano de chão representa um alto grau de contaminação cruzada nos ambientes, e por isso deve ser trocado por rodo PVA. todos esses materiais devem ser usados exclusivamente no quarto e para outras áreas deve existir o kit específico para ela. É comum o uso de MOP de microfibra, porém nesse caso cada microfibra deve ser desinfetada ao final de cada processo. Para desinfecção bactericida usasse o peroxido de hidrogênio. Para a limpeza de vidros usasse detergente ou limpador de vidros. O papel higiênico que foi manuseado por um hóspede não pode ser reaproveitado. Ele deve ser trocado e disponibilizado para o hóspede em embalagem lacrada ou em dispenser. Materiais em tecidos como cortinas poltronas ou carpetes podem usar sistemas de desinfecção com novas tecnologias como equipamento UVC ou utilizar a pulverização de desinfetante.


Algumas redes hoteleiras já anunciaram adotar um manual de boas práticas (não é obrigatório) onde estipulam: ativar 50% da capacidade para evitar aglomerações; refeições só podem ser feitas como serviço de quarto; piscinas, salão de jogos e academias devem permanecer fechadas; medição da temperatura no ingresso do hóspede ao hotel; uso de máscara obrigatório nas áreas comuns do hotel; álcool gel disponibilizado em todas as áreas comuns do hotel, inclusive nas circulações dos andares; ventilação natural em todos os ambientes do hotel; troca frequente de filtro do ar-condicionado.


Alguns hotéis conseguiram ainda, implementar sistema de self check-in, evitando o contato do hóspede com papel e caneta na recepção. É possível ainda, o uso do celular como chave de abertura das Unidades Habitacionais, evitando assim manuseio de chave.

 
 
 

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